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O que faz um profissional de Terapia Assistida por Animais (TAA)?

Abril 17, 2025
Criança a sorrir enquanto monta um cavalo branco, acompanhada por um terapeuta durante uma sessão de Terapia Assistida por Animais, num ambiente ao ar livre e descontraído.

A Terapia Assistida por Animais está a transformar a forma como se promove o bem-estar emocional, físico e social de milhares de pessoas. Mas quem está por detrás destas intervenções tão especiais? Descobre o papel essencial do profissional de TAA e porque é que esta carreira está a conquistar cada vez mais espaço.

O que é a Terapia Assistida por Animais (TAA)?

A Terapia Assistida por Animais (TAA) é uma intervenção dirigida e estruturada que integra animais domesticados, com características específicas, no processo terapêutico de pessoas com diversas necessidades.

Ao contrário de uma simples interação lúdica, a TAA é orientada por objetivos definidos em conjunto com uma equipa multidisciplinar e aplicável em contextos de saúde, educação e intervenção social.

Este tipo de terapia é usado para potenciar benefícios físicos, emocionais, cognitivos e sociais. Está comprovado que a presença de um animal durante sessões terapêuticas pode ajudar a reduzir o stress, melhorar a autoestima, aumentar a motivação e até contribuir para o desenvolvimento de competências motoras e relacionais.

Em cada sessão bem-sucedida está um profissional de TAA, cuja função vai muito além da presença do animal. É esta pessoa que planeia, adapta, conduz e avalia toda a intervenção, garantindo não só a eficácia do trabalho com os utentes, como também o bem-estar e a segurança do animal envolvido.

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Quais são as funções de um profissional de TAA?

O trabalho de um profissional de Terapia Assistida por Animais é altamente especializado. Envolve competências técnicas, sensibilidade emocional e um conhecimento aprofundado do comportamento animal e humano. Vamos conhecer, com mais detalhe, as principais funções desempenhadas no dia a dia:

1. Planeamento das sessões em equipa

Nenhuma sessão de TAA é realizada ao acaso. O profissional trabalha sempre em articulação com outros técnicos, como psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, assistentes sociais, educadores ou professores. Esta colaboração permite definir metas terapêuticas claras e adaptadas às necessidades de cada utente.

O profissional de TAA analisa o perfil da pessoa que irá beneficiar da terapia, ajusta o tipo de abordagem, escolhe o local mais indicado e coordena as tarefas que serão realizadas durante a sessão. O planeamento é essencial para que a intervenção seja segura, eficaz e respeite tanto o utente como o animal.

2. Seleção e preparação do animal

Um dos aspetos mais sensíveis deste trabalho é a escolha do animal certo. Nem todos os cães, gatos ou outros animais estão aptos para participar em sessões de TAA. É necessário avaliar o seu temperamento, o historial de socialização, a resposta ao toque, ao ambiente e a estímulos diversos.

O profissional de TAA seleciona o animal mais adequado para cada tipo de utente e contexto. Além disso, é responsável por treinar o animal com base em métodos de reforço positivo, garantindo que ele se sente confortável e preparado para interagir com humanos em ambiente terapêutico.

Antes de cada sessão, o animal é cuidadosamente preparado, com atenção ao seu estado físico e emocional.

3. Condução das sessões terapêuticas

Durante a sessão, o profissional de TAA tem um papel ativo e atento. Orienta a interação entre o animal e o utente, cria atividades específicas e adapta a dinâmica consoante a evolução da sessão. Estas atividades podem incluir tarefas motoras (como escovar ou caminhar com o animal), cognitivas (jogos ou comandos), emocionais (reforço de afeto) ou sociais (promover a comunicação e empatia).

O objetivo é que o animal atue como um facilitador do processo terapêutico, encorajando a participação e potenciando os resultados definidos. O profissional deve ser flexível, empático e estar preparado para ajustar o plano se surgirem imprevistos — o que, com seres vivos, acontece com frequência.

4. Monitorização do bem-estar animal

Um dos princípios fundamentais da TAA é o respeito absoluto pelo bem-estar do animal. O profissional deve ser capaz de identificar sinais de desconforto, cansaço, stress ou rejeição. Esta leitura comportamental é fundamental para garantir que o animal não é forçado a interações que o perturbem.

Além disso, o profissional acompanha a saúde do animal ao longo do tempo, garantindo que está vacinado, desparasitado, com boa condição física e emocional, e que tem períodos regulares de descanso, lazer e socialização fora do ambiente terapêutico.

5. Avaliação de progressos e colaboração em relatórios

Após cada sessão, o profissional regista os comportamentos observados, analisa os avanços obtidos e identifica pontos a melhorar. Participa ativamente na elaboração de relatórios de acompanhamento e na revisão dos objetivos terapêuticos. A sua perspetiva é essencial para ajustar estratégias e contribuir para o sucesso global do processo.

Onde pode trabalhar um profissional de TAA?

A Terapia Assistida por Animais é aplicada em contextos muito diversos e o profissional pode adaptar o seu trabalho a diferentes públicos. Entre os locais mais comuns de atuação estão:

  1. Lares de idosos e centros de dia – A presença de animais pode reduzir a solidão, estimular a memória e promover o bem-estar emocional em pessoas idosas. Os animais são, muitas vezes, catalisadores de afeto e comunicação.
  2. Escolas e instituições de ensino especial – Em crianças com necessidades educativas especiais, perturbações do espectro do autismo ou dificuldades emocionais, os animais ajudam a promover a atenção, reduzir a ansiedade e melhorar a interação social.
  3. Hospitais e centros de reabilitação – Durante processos de reabilitação física, os animais podem motivar os utentes a realizar exercícios e tarefas, aumentando o compromisso com o plano terapêutico.
  4. Centros de apoio psicológico – A TAA pode ser usada como complemento a sessões de psicoterapia, promovendo a confiança, a expressão emocional e o alívio de sintomas como depressão ou ansiedade.
  5. ONGs e projetos sociais – Em contextos de exclusão social, vulnerabilidade ou trauma, a presença de um animal pode representar um ponto de apoio emocional e de reconstrução de vínculos afetivos.

Que competências são necessárias?

Para ser profissional de TAA, não basta gostar de animais — é necessário reunir um conjunto de competências pessoais e técnicas que garantem a qualidade e a segurança das intervenções. Entre elas, destacam-se:

  • Empatia e sensibilidade emocional – Capacidade de compreender o outro e criar ligações humanas genuínas.
  • Paciência e resiliência – As evoluções são muitas vezes lentas, exigindo consistência e dedicação.
  • Conhecimento de comportamento animal – Para ler sinais subtis e intervir de forma ética.
  • Domínio do treino positivo – Evitar métodos aversivos e garantir o bem-estar do animal.
  • Trabalho em equipa multidisciplinar – Saber colaborar com profissionais de saúde, educação ou serviço social.
  • Formação específica em TAA – Essencial para atuar com segurança, método e conhecimento das melhores práticas.

Uma carreira com propósito

A Terapia Assistida por Animais não é apenas uma tendência — é uma resposta real às necessidades de pessoas que beneficiam de abordagens humanizadas, empáticas e emocionalmente ricas. O profissional de TAA desempenha um papel fundamental nesta missão, criando pontes entre o ser humano e o mundo animal, e contribuindo para transformar vidas.

Mais do que uma profissão, é uma vocação. Para quem procura um caminho com impacto, propósito e uma forte ligação emocional, esta é uma área promissora, gratificante e em franco crescimento. Descubra o curso de TAA da Nubika.

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